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24 de out de 20192 min
O grande desafio da humanidade, diante das novas tecnologias e dos novos
conhecimentos, é reorganizar valores, reformular a ética do ser humano, redimensionar o
valor do conhecimento.
Nos últimos anos, inúmeras mudanças ocorridas na sociedade vêm interferindo na
dinâmica, estrutura familiar e escolar, acarretando transformações no padrão tradicional de
organização e, obviamente, respingando na atuação da escola.
Entendemos que escola e família buscam um mesmo objetivo, o sucesso do processo
educacional e desenvolvimento dos estudantes. Portanto, a visão do que ocorre no contexto
escolar, seja positiva ou negativa, deve ter uma escuta da família. Essa escuta é
importantíssima. No cenário escolar, na presença de outros jovens, os filhos apresentam um
papel, muitas vezes, uma outra versão de si mesmos dentro do coletivo.
O novo quadro do Fantástico “Meu filho nunca faria isso” nos faz refletir como, apesar
de inúmeras orientações dos pais, do conhecimento racional sobre o certo e o errado, o jovem
pode descumprir ou negligenciar regras aparentemente óbvias. Isso ocorre, pois durante a
formação, crianças e adolescentes testam limites e, pela própria maturação neuronal, podem
ter dificuldades em planejar como agir. Por isso, digo que cabe aos pais, escola e educadores
em geral fazerem uma fronteira constante, mostrando ética, conduzindo e orientando
comportamentos. Nem sempre as famílias estão prontas para acolher o parecer de um
professor sobre o comportamento da criança. Entretanto, em sala de aula com em média 30
estudantes, conflitos, divergências aparecem e reações inesperadas também. Neste cenário,
temos um professor, conteúdo extenso, metas a cumprir, mas uma visão 360 graus capaz de
mediar, apaziguar, compreender. Entretanto, este profissional não pode se sentir sozinho na
formação dos valores. Na verdade, a família é protagonista nesta atuação.
Diante disso, quando a escola solicitar a parceria, os pais devem acolher a demanda.
Esta relação exige uma maior articulação que favoreça a construção coletiva de uma gestão
integrada, um discurso em que um reforça a fala e o olhar do outro. Na prática, percebemos
que essa participação aumenta o rendimento escolar, melhora o comportamento social,
desenvolve as habilidades e facilita a aquisição de normas e de valores.
Proximidade não significa que família interfere no papel da escola e que a escola
invade o papel da família. A proximidade é, na verdade, um respeito mútuo, a importância de
ambos da formação do cidadão. Somente assim potencializamos uma nova geração!
Obrigada a todas as famílias do Colégio Objetivo pela confiança na nossa instituição e
por construirmos juntos uma verdadeira parceria de sucesso!
Tatiana Sessa
Orientadora Educacional